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Em toda e qualquer sociedade, o corpo sempre esteve preso no interior de poderes que lhe impõem limitações e proibições; essa condição pode ser detectada em vários momentos da história da humanidade, mas, na modernidade e pós-modernidade, avolumaram-se os aparatos de esquadrinhamento do corpo por intermédio de uma maquinaria de poderes que tem por objetivo desarticulá-lo e recompô-lo a partir de normas estabelecidas. A partir dessa maquinaria, constrói-se uma compreensão binária da corporeidade humana: de um lado, os normais, os sadios, os belos; do outro, os anormais, os doentes, os feios. Esse binarismo edifica uma estrutura hierárquica de dominação cultural e ideológica de um grupo sobre os demais. CORPOS (In)VISÍVEIS busca realizar uma reflexão a partir dos vieses filosófico-político e artístico-teórico/prático acerca dos corpos das pessoas com deficiências, buscando compreender o lócus desses corpos antinormalizados nas artes visuais, procurando responder às seguintes questões: o que é um corpo “normal”? Quais as implicações socioculturais de um corpo “anormal”? As pessoas com deficiências têm outra estética ou ser diferente é o normal?

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